Livro: Seis anos depois
Título Original: Six Years
Autor : Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 267
Sinopse: Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas.
E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa… durante seis anos.
Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa.
Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada.
Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.
Resenha:
Tenho de começar essa resenha com uma decepção logo de cara, na quarta-capa mesmo. A sinopse do livro traz uma informação que eu acho que deveria ter sido guardada para a leitura: a de que o casamento de Natalie e Todd era uma farsa.
Essa informação só é revelada no capítulo 12, sendo que se cria toda uma linha tendenciosa para se fazer acreditar que o tal Todd que havia morrido, não era o Todd que se casara com a Natalie. Ou seja, nós já sabíamos da verdade, o autor também, mas o personagem não. Isso foi péssimo, me senti lendo uma história que parecia que eu já sabia o final.
Passado isso a coisa começa a engrenar e a ficar boa. Harlan Coben é indiscutivelmente um dos melhores autores de suspense da atualidade e a cada livro lançado (e olha que são muitos rsrs) a superação é imediata.
Seis anos depois não foge do estilo rápido e cheio de conflitos dos outros livros, e quem gosta de descrição vai se decepcionar, pois como um bom livro policial, são muitos diálogos, poucos detalhes de cena e muita peça de quebra-cabeça.
Confesso que nesse livro demorei a sacar o que estava acontecendo, o que demonstrou uma maturidade na escrita de Coben. Não que os outros livros não a tivessem, mas foi mais fácil descobrir o assassino ou o culpado. Nesse não. Nesse só descobri no último capítulo, o que me deixou um tanto decepcionada com o meu poder de investigação rsrsrs (quem é fã de suspense policial sabe que tem a certeza de que é investigador!).
O personagem principal, Jake Fisher, começa investigando o paradeiro da ex-namorada, pelo qual ainda é apaixonado, e termina no meio de um fogo cruzado. Tem muita informação e a maioria das resoluções de conflitos são muito irreais, o que torna a coisa toda difícil de engolir.
Eu adoro o raciocínio do Coben, mas o desenrolar dos conflitos sempre foram muito superficiais, e nesse livro não foi diferente.
A questão é a seguinte: A estratégia da construção do quebra-cabeça é fenomenal, mas as soluções para os pequenos conflitos durante a trama são péssimas, e eu fico muito incomodada com isso sempre.
Isso causa uma história de amor e ódio entre Harlan e eu, porque eu sou fanática pelos seus livros, mas fico extremamente incomodada com essas soluções. Fazer o que, nada é perfeito.
Não posso contar muito sobre a história, porque como é suspense investigativo será muito fácil entregar algo crucial e estragar tudo.
Volto a afirmar: leitura recomendada para quem não é fã de livros descritivos e para quem gosta de ler em uma tarde, porque é isso que acontece com que lê os livros do Harlan Coben.
Em 2014, quando Harlan visitou o Brasil, durante a Bienal do livro, tive o prazer de conseguir autógrafos em todos os meus livros 🙂