pai rico

“A inteligência resolve os problemas”

Livro: Pai Rico, Pai Pobre – O que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro

Autor: Robert T. Kiyosaki

Editora: Campus

Páginas: 181

 

 

 

Sinopse:

Um dos livros mais falados da última década, abriu os olhos do mundo para a necessidade de pensar o planejamento de finanças pessoais. Pai Rico, Pai Pobre foi o primeiro best-seller de Robert T. Kyiosaki e Sharon Lechter, e deu origem a uma série de enorme sucesso. Seu conceito é muito simples: com maior inteligência financeira muitos problemas comuns da vida cotidiana podem ser resolvidos. Saiba o que os ricos tratam como ativos geradores de renda, e como se livrar de pagar impostos demais. A cada dia, a cada nota você escolhe ser rico, pobre ou classe média. A melhor maneira de preparar seus filhos para o mundo é dividir esse conhecimento com eles. Se você não fizer isso, ninguém mais fará. Determine o destino do dinheiro que chega às suas mãos com a leitura desse livro.

 

Resenha:

O livro parte do ponto que a educação financeira, que não é ensinada na escola, é a principal educação. Sem ela, qualquer pessoa está destinada ao fracasso das finanças. Esse ponto eu concordo, pois se não sabemos o que fazer com o dinheiro, do que adianta ter muito? Por isso vemos tantas heranças serem acabadas em pouco tempo após a morte do patriarca.

Essa educação pouco tem a ver com instrução, com escolaridade, pois ela faz parte de uma inteligência peculiar que pode ser adquirida ao longo da vida, ou nunca ser. No livro, o autor fala de dois pais que o ensinarão a lidar com o dinheiro: um muito instruído, mas com pouca inteligência financeira, que será chamado de pai pobre; e outro com muito pouca escolaridade, mas com muita inteligência financeira (e que se torna dono de metade do Hawaii) que será chamado de pai rico. ,

O pai pobre é a caracterização de metade da população e de quase 100% da classe média, que vive de status e se endivida cada vez mais usando o crédito sem pensar de fato o que é ser rico. A construção do ter tal marca como sinônimo de ser rico é o que faz com que as pessoas criem uma falsa ilusão de riqueza. O autor explica que ter os bens não é errado, mas ele precisa ser um mérito, não um status.

Já o pai rico o ensina a criar o que ele chama de “compra de ativos” que seria a compra de bens ou produtos que geram renda sem gasto. Por ex: Imóveis (alugueis); Previdência privada (os juros aumentam o saldo final); ações (com vendas ou não); e a reflexão sobre riqueza que ele deixa é: Se você não tiver mais emprego a partir de hoje, quanto tempo você sobrevive? Isso é ser rico!

“Os pobres e a classe média trabalham pelo dinheiro.

Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles.”

A compra de ativos é vista por muitos como gasto e não como beneficio e é justamente essa re educação que o livro propõe.  Muitos vivem em uma casa boa, ai ganham mais e imediatamente querem uma casa maior e um carro melhor, mas dependem exclusivamente do salário, não tendo nenhum ativo como ajuda financeira, ai essa pessoa perde o emprego e se vê com mais gastos do que pode. E por que ela quis uma casa maior? um carro melhor? Por status!

Como já dito ter coisas de luxo ou uma casa grande não é pecado, mas precisa ser visto como mérito e não como status. Por ex: Você tem 4 ativos e esses ativos já te dão lucro financeiro, pois bem, você não depende mais do seu salário e pode usar o lucro dos ativos para a compra de um carro, por exemplo. Percebem? você não se endividará ou não comprometerá seu salário.

A proposta do livro não é dar uma receita de como lidar com o dinheiro, mas uma reflexão do que pode ser feito diante do nosso comportamento com as finanças. A linguagem é bem fácil e o autor é bem dinâmico. A única falha do livro é que como o autor é americano, as referências são dos Estados Unidos, o que muitas vezes fica difícil visualizar no contexto brasileiro, como por exemplo hipotecas.

Mas a questão dos ativos e do comportamento diante do consumo atual fica bem fácil de entender. A leitura é recomendada.